Síndrome de Tourette

A Síndrome de Tourette (ST), também conhecida como Síndrome de La Tourette (ST) ou Síndrome de Gilles de La Tourette (SGT) é uma síndrome neuropsiquiátrica sendo um distúrbio genético. Ainda não se sabe ao certo sua causa, porém estudos apontam a possibilidade de serem mais frequentes em pessoas da mesma família e em alguns casos surge após terem sofrido um acidente e consequentemente um traumatismo craniano. Sua forma de expressão é através de atos impulsivos, frequentes e repetidos sendo eles conhecidos como: tiques. Esses tiques são múltiplos compulsivos motores e são associados também a tiques vocais. É comum que seus primeiros sintomas ocorram na infância ou adolescência tendo uma grande melhora no início da fase adulta por volta dos 20 anos onde é possível observar redução dos sintomas.


Entre os sintomas mais comuns estão:
· Tiques motores como por exemplo: piscar os olhos, contrair a musculatura, movimentos repetitivos com a cabeça, mãos e braços
· Fazer caretas
· Tocar ou bater em objetos
· Tosse
· Palavras repetidas
· Sons como grunhir, gritar, falar palavrões, gemer


Consequentemente podem apresentar também: compulsões, obsessões, déficit de atenção, impulsividade, dificuldade do aprendizado, labilidade de humor, irritabilidade, automutilação, ansiedade, depressão dentre outros sintomas muitas vezes causados pelo sofrimento psicossocial.


Após observação dos sintomas é importante uma avaliação diagnóstica multifatorial com possível apoio de um médico neurologista ou psiquiatra e um psicólogo. É fundamental ouvir e valorizar a queixa da criança, a da família e caso esteja devidamente matriculado solicitar um relatório informativo escolar sobre os sintomas e possíveis agravos sociais. Saliento a importância de valorizarmos a história de vida e queixa trazida pelo meio social, visto que nem sempre o comportamento observado no consultório corresponde aos reais sintomas relatados. Lembrando sempre que o consultório é um ambiente artificial que pode dificultar em uma observação mais natural do comportamento.


Mesmo ainda não existindo cura a síndrome pode ser controlada com o tratamento adequado orientado por um neurologista ou médico psiquiatra que em muitos casos irá solicitar intervenção medicamentosa, acompanhamento psicoterapêutico e em certos casos aplicações locais de toxina botulínica.


E qual a importância das intervenções psicológicas nesse caso? O psicólogo pode intervir através de treinamentos para que a criança/adolescente monitore suas sensações que ocorrem anteriormente aos tiques, com o objetivo de responder com um outro movimento físico, mas voluntário. Além de intervenções nos seus aspectos psicossociais relacionados ao sofrimento causado pelos sintomas da síndrome.


Nathália G.P.Moreira
CRP – 129528/SP


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